
Pequenas ações de honestidade e confiança combatem a corrupção
Durante esta semana uma Universidade do Rio de Janeiro, ficou nos primeiros lugares dos noticiários de todos os veículos de comunicação do país.
Foi através do bacharelando em música, flauta transversa, e membro da OBU – Orquestra Barroca da Uni-RIO, Gabriel Ferrante, que todos tomamos conhecimento dessa história impressionante.

Os alunos da Universidade do Rio de Janeiro – UniRio encontraram em um murinho, onde todos os estudantes se reuniam para bater papo, o local também para ganhar algum dinheiro. Só que os novos empreendedores foram bem mais ousados, resolveram arriscar um pouco mais. Sem câmeras de vigilância, ou alguém que tomasse conta dos alimentos ali expostos para venda, propuseram que cada um que desejasse pegaria um produto e deixaria o devido valor estabelecido, tudo a partir de R$1,00.

O Gabriel ficou tão entusiasmado com a ideia que resolveu testar o experimento. Aproveitou que sua especialidade na culinária são brownies (um bolo originariamente dos). Otimistamente pensou nosso flautista transverso que, se não funcionasse a única coisa que poderia acontecer seria a perda de um ou dois brownies. Mas não foi o que aconteceu!
A ideia deu tão certo que agora Gabriel paga o seu aluguel com o fruto das vendas de bolinhos deixados no murinho da honestidade. No local, podem ainda ser encontradas diversas guloseimas como pasteis de forno, brigadeiros, mousse de maracujá e outras.

Agrega valor também ao murinho da honestidade o fato de que não há sujeiras no local, todos que deles se utilizam cuidam da limpeza e higiene do espaço. Os vendedores até tomam alguns cuidados com a segurança dos caixas onde o dinheiro é colocado, por vezes encontram alguma diferença para menos na soma dos resultados, mas câmeras de segurança não fazem parte do projeto.

A experiência não é nova!
Na Universidade Tecnológica do Paraná de Procópio Ferreira, um Professor de engenharia, inspirado na época em que ele viveu na Noruega, colocou no corredor do Campus, um freezer lotado de picolés ao custo de R$2,00. A pessoa interessada pega o sorvete e deposita na urna ao lado o valor praticado.

No Projeto, existe uma taxa de inadimplência que lá é batizada com o nome de taxa de esquecimento, considerada muito baixa. Em um mês, de 2400 sorvetes à venda, apenas 50 unidades não foram pagas. Neste projeto também não há câmeras de vigilância nem ninguém tomando conta, tudo funciona na base da confiança.

O professor quer com o projeto, discutir a corrupção que começa em pequenas atitudes do dia a dia. A atitude de não pagar o valor estabelecido é o mesmo que desviar R$20, R$2.000 ou R$2.000.000. O ato é o mesmo!
Nestes dias onde a insatisfação da sociedade é geral em relação à classe política que, possamos fazer a nossa parte para que, a honestidade seja um valor sempre presente em nosso cotidiano.
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